E-mail: mottazeca@gmail.com. Tecnologia do Blogger.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Temário sugestivo para os festejos Farroupilhas de 2012

O temário para os Festejos Farroupilhas 2012, foi apresentado e aprovado no 59º Congresso
Tradicionalista Gaúcho, realizado no mês de janeiro do mesmo ano, na cidade de Pelotas.
NOSSAS RIQUEZAS:
1- Fauna- Para fins de estudo da fauna, podemos dividi-la entre animais nativos e animais trazidos de outras partes do mundo. Assim também podemos classificar os animais em três grandes grupos(sem preocupação com as classificações científicas): as aves, os peixes e os animais “terrestres”. Para os Festejos Farroupilhas, sugerimos que cada região do Estado dê destaque aos animais nativos mais presentes no ambiente natural, especialmente aquelas espécies que correm risco de extinção.
2- Flora –Em cada canto um encanto de beleza da flora rio-grandense, colorida ou verde, rasteira ou de grande porte. As flores com sua beleza e romantismo, que são simbologias locais, bem como a flor símbolo do estado; as árvores que produzem frutos ou simplesmente abrigam e nos dão sombra. A erva mate (Ilex paraguariensis) quer nos possibilita o preparo do o chimarrão; o Umbú com sua sombra acolhedora; as araucárias características dos campos de cima de serra; as gramíneas que deram condições à expansão da pecuária; os angicos, guajuviras e aroeiras com as quais foram feitos os palanques para os alambrados; as pitangueiras e cerejeiras e seus frutos maravilhosos.
3- Água – A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. A água que mata a sede, que irriga as plantações, que possibilita a navegação, que serve de habitat aos peixes, é a mesma que forma cascatas, que move moinhos e turbinas das usinas hidreletricas. Podemos destacar as águas doces internas (rios, lagos, córregos, vertentes) como podemos destacar a água salgada do mar que banha a nossa costa.
4- A produção agrícola (A riqueza proveniente da Agricultura) – Os nativos plantavam e produziam alimentos (feijão, aipim, batatas, milho). Os açorianos trouxeram o trigo, os imigrantes as videiras e as hortaliças. O trabalho, geralmente anônimo, transformou nosso Estado num dos maiores produtores de grãos do País. A agricultura fornece a maior parte dos alimentos consumidos pela população. Destacar essa atividade, estudar a história da produção agrícola, relembrar os primeiros instrumentos de trabalho e sua evolução, será uma tarefa, alem de prazerosa, também uma forma de homenagem aos homens e mulheres que chamamos “colonos”. Cada município ou cada região destacará e valorizará os produtos mais importantes, desde as hortaliças até o soja, passando pela maça, pelos cítricos, pelo milho ou pelas bananeiras.

Odila Paese Savaris
Pedagoga – Conselheira do MTG-RS

segunda-feira, 12 de março de 2012

Cavaleiros da Paz - 3ª Parte

Passamos por diversas estâncias, mas muito distanciadas umas das outras,no lado paraguaio. Campeiros quase todos indiáticos de estatura alta,que moravam em casas simples, de grandes varandas, onde estendiam suas redes e saboreavam  seu tererê.Muito retraídos no inicio, mas depois dos primeiros contatos conversavam conosco, trocando idéias sobre cavalos,arreios,usos e costumes do campeiro paraguaio e do campeiro gaúcho, que muito se assemelham. Lembro-me que um dia entrei num galpão de serviço,onde exalava um cheiro agradável. De pronto não dei conta, só entendi  de onde vinha quando olhei para cima e observei que tinha uma espécie de  couro cortado,que tomava todo o espaço em baixo do telhado. Perguntei ao paraguaio que me acompanhava e Le me disse que era charque de tira,muito utilizado para alimentação dos peões que o usavam para fazer arroz carreteiro,colocar no feijão ou mesmo  para assar. O nosso veterinário Felix Corti vinha observando o cavalo que eu montava desde a saída de Alegrete. Era um crioulo colorado retacado e alto,cuja estampa não era das melhores,tanto que,quando o escolhi eu já não tinha muita opção pois a turma já tinha separado os melhores, mas eu gostei e me dei muito bem com ele, passei a chama-lo de colorado,meio a contra gosto,porque sou gremista.O Felix me disse estou observando  o comportamento dele e do rosilho do Nico para testar a resitência sem sacrifica-los. Não troque de cavalo sem falar comigo, vou dizer o mesmo ao Nico. Quando faltava mais ou menos 100 quilometros para chegarmos em Assunção,o fim da nossa viagem, o meu cavalo começou a demonstrar alguns sinais de fafiga e o veterinário pediu para troca-lo, montei então um lobuno em parceria com o Talai,mas para chegada na capital paraguaia encilhei de novo o colorado já recuperado e dele me despedi emocionado no fim da cavalgada, o rosilho do Nico agüentou firme e fez todo o trajeto. Quando estávamos passando na ponte do rio aguapey,com muita chuva e frio, todos emponchados, cruzou por nos um caminhão, que o meu chapéu levantou vôo e se foi para dentro do rio. O nosso saudoso companheiro Leopoldo Rassier não titubeou, tirou o poncho e a roupa,ficando apenas de cueca  e lenço,jogando-se no rio,muito alto por causa da enchente e saiu nadando até alcançar meu chapéu. Retornou a ponte onde todos nos o aguardávamos aflitos,com o chapéu na mão e tremendo de frio como vara verde. Tivemos uma reação quase unânime, tiramos nossos ponchos para cobri-lo. Em seguida  depois de alguns tragos de canha,que sempre se levava no cantil o índio velho se animou e foi aplaudido por todos. O chapéu com um pequeno histórico esta hoje no museu do 35 CTG. Antes de chegarmos em assunção,na última noite de acampamento,fomos visitados pela Consul do Paraguai em Porto Alegre.Ela conversou descontraidamente com a turma,mostrando-se encantada com a nossa façanha. Logo se armou uma tertúlia e rolou canto e poesia.espantando a tristeza que se instalava no grupo por estar se chegando ao fim da viagem. Ao chegarmos na entrada da capital paraguaia rumamos para a sede  da Associação Rural,onde deveríamos deixar os cavalos. Tivemos uma  surpresa agradável,estavam nos esperando um grupo de 40 pessoas do 35 CTG, juntou-se a emoção por recebermos nossos amigos, com outra emoção mais forte ainda que foi a despedida dos nossos cavalos que deveriam permanecer em solo paraguaio face a legislação daquele pais. Vi lagrimas escorrendo na face de muitos amigos que procuravam disfarçar o forte sentimento que estavam vivendo.Participaram desta 1ª cavalgada Antonio Augusto Fagundes; Rodi Pedro Borghetti; Aldo Lazarotto; Bruno de Souza Leão; Carlos Alberto Bins; Cyro Dutra Ferreira; Domerio de Avila Camargo; Doroteo Fagundes; Edemar Correa; Elton Saldanha; Felix Corti; João de Oliveira Machado; José Bastos de Quadros; José Floriano Magalhães; José Roberto de Moraes; Leopoldo Rassier; Mario Scopel; Mauricio Oliveira Pegas; Mena Quevedo; Moacyr de Paula e Silva; Newton Rodrigues; Omair Trindade; Paulo Ari Flores; Regis Druck; Rafael Nunes Dutra; Romeu Romualdo Beskon; Talai Djalma Selistre; Wilmar Romeira; Waldemar Alchieri e Waldir Santana.

terça-feira, 6 de março de 2012

Cavaleiros da Paz - 2ª parte

Conseguimos embarcar com toda nossa comitiva e assim atravessamos o rio. Fomos recebidos quase como heróis, com foguetes e festa. O intendente nos obsequiou com uma bandeira da Argentina que nos acompanhou em toda a cavalgada. Hoje 2011, já integram nossa panóplia as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul, dos Cavaleiros da paz, da Argentina, do Uruguai, do Chile, da Bolívia e este ano, Canadá. Chegando em Santo Thome com chuva forte, cavalgamos até a chácara do companheiro  Felix Corte, nosso veterinário argentino. A noite tivemos tertúlia e saboreamos  as melhores empanadas. No dia seguinte de manhãzita encilhamos nossos cavalos, já dava pra se notar a afinidade que se formava entre homem e cavalo. Sentimos a falta do companheiro o médico Regis Druck que voltou a Porto Alegre em virtude de um tombo, que provocou o rompimento dos ligamentos do joelho. O Druck (coveiro) quando chegou em Porto Alegre teve o cuidado de ligar para minha mulher Alda, para dar notícias. Quando ele falou que estava tudo bem, ela respondeu que agora quem estava preocupada era ela, pois sabia que o Druck era o único médico do grupo, ao que ele respondeu: tem um veterinário que é muito melhor do que eu para cuidar do pessoal. Na noite anterior, quando chegamos no acampamento notamos que o horizonte acinzentou-se e de repente rompeu em raios e trovões, trazendo um temporal  muito forte, voaram barracas, peças de arreios e roupas, foi de madrugada todos estavam dormindo e levantaram sobressaltados, menos o Nico que não se abalou e permaneceu imóvel ao relento, a correria foi grande e nos tomou boa parte da manhã para arreglarmos as tralhas.
Estamos quase um dia atrasados, cavalgamos o que deu e fomos pernoitar numa fazenda chamada Três Marias. A Noite houve uma tertúlia, juntando ao nosso grupo argentinos e paraguaios, sempre na volta de um fogo de chão. As 5 horas levantamos, a cavalgada já demonstrava melhor estado. Nada era feito antes de racionar os cavalos, escová-lo e examiná-lo, dando-lhe água. O nosso café da manhã era sempre servido na estrada, depois do mate e termos cavalgado de 8 a l0 Km. Encostava a camionete do apoio e vinha tudo pronto. Era também o momento que se dava uma olhada nas ferraduras, nos arreios e tirando o freio para que pastasse um pouco. O almoço sempre era preparado pelo cozinheiro que tinha colaboração do apoio e se antecipava instalando a cozinha a uns 25 Km de distância, onde  desse no jeito. Esta tarde, logo após o almoço montamos em direção a Possadas, capital da província de Missiones – Argentina. Neste ia concluímos a parte Argentina e ingressamos em território Paraguaio, atravessamos a ponte que liga os dois países, chamada Roque Gonçalves. É uma obra digna de elogios, muito bonita, uma verdadeira obra de arte. Já no lado Paraguaio fomos recebidos por autoridades e cavaleiros campeiros e por um grupo de músicos que interpretaram suas músicas típicas, que nos acompanharam por um bom trecho quando passamos por dentro da cidade de Incarnacion. Enquanto cavalgávamos na Argentina, o terreno mostrava a grande pampa, território tão importante para os gaúchos, já que a pampa é a continuação da nossa.
Na próxima edição do semanal o final da 1ª cavalgada da Paz.
2º CAMPEONATO INTERFIRMAS DE BOCHA
O CTG Tropeiros do Buricá, através do seu Departamento de Esportes estará realizando a partir do dia 2 de março 2012, os jogos dos trios inscritos para participar do 2º campeonato, participe comparecendo ao nosso centro de tradições. Informações com Walmor pelo tel. 9902-2616.

Atenção:

Para a próxima página clique em postagens mais antigas

  ©Template by Dicas Blogger.